Batalha de Monte Castello

            É a batalha da FEB mais conhecida até hoje e por muitos a mais difícil, pelo seu clima, relevo e história. Começou em novembro de 1944 e houve quatro ataques planejados.

            Sua história começou quando a Alemanha criou a Linha Gótica, uma linha imaginária para mostrar as posições das infantarias alemãs no Norte da Itália.

            Após isso, a 1ª divisão do exército brasileiro (1ª DIE) que estava batalhando no Rio Serchio por quase dois meses, foi em frente os Alpes onde o General Mascarenhas de Morais montou o quartel general em frente ao Monte Castello (977 metros de altura), depois chegou o general estadunidense da 10ª divisão da montanha americana, Mark Clark para ajudar o Brasil na região dos Alpes.

            A 232ª divisão de infantaria alemã composta de nove mil homens estava em volta do monte e em melhores posições para colocar uma trincheira ou jogar uma granada (Associação dos Ex-combatentes do ABCDMRR).

            O general Clark queria conquistar a cidade de Bologna (fica ao nordeste de Monte Castello) antes da época de neve e essa região se mostrava estratégica     para a guerra, por isso houve o primeiro ataque planejado no dia 24 de novembro. No segundo dia de ataque, soldados brasileiros e estadunidenses conquistaram o monte vizinho, o Monte Belvedere e chegaram ao topo de outras montanhas num ataque surpresa, mas os alemães num contra-ataque reconquistaram algumas das posições perdidas, com exceção do monte Belvedere (site da veja.abril.com.br).

            O segundo ataque planejado iria acontecer no dia 29 de novembro, onde o 1ª DIE com três batalhões e contar com o suporte de três pelotões de tanques estadunidenses, porém um dia antes os alemães atacaram e conquistaram o Monte Belvedere, deixando os Aliados mais pressionados. Com esse acontecimento tentaram um adiamento do ataque, mas as tropas já estavam em de ataque e assim a estratégia se manteve.

            Às 7 horas da manhã o ataque foi efetuado, foi uma data ruim, pois havia chuva, céu coberto de nuvens, impedindo o avanço da FAB (Força Aérea Brasileira), e lama dificultando o uso dos tanques de guerra. Um grupo liderado pelo General Euclides Zenóbio da Costa conseguiu um bom avanço, mas depois três regimentos de infantaria alemã os impediram em um contra-ataque violento. A segunda tentativa de tombar o monte terminou sem ganhos de território.

            No dia 5 de dezembro foi confirmado que a FEB ainda tinha como objetivo Monte Castello e no dia 12 aconteceu a batalha mais violenta já enfrentada pelo Brasil na Segunda Guerra, com o mesmo clima do ataque anterior só que com mais frio e neve, o 2º e o 3º batalhão do 1º Regimento de Infantaria da FEB realizou grandes feitos, conquistando inicialmente algumas posições, porém mesmo assim a artilharia alemã com suas trincheiras quase que imbatíveis causavam cerca de 150 baixas e 20 mortes no exército dos pracinhas. O terceiro ataque novamente foi um fracasso, mostrando a todos que o General Mascarenhas de Morais estava certo em querer mandar o exército todo, ao invés de alguns batalhões como vinha sendo.

            Durante o resto de dezembro e janeiro de 1945 não houve grandes ataques planejados com estratégias, só pequenos avanços por causa da neve e da temperatura de -20ºC (veja.abril.com.br).

            O quarto e definitivo ataque aconteceu em Fevereiro, quando os pracinhas bombardearam por três dias, e no dia seguinte atacaram a partir das 6 horas da manhã com o objetivo de conquistar o monte no fim da tarde. De acordo com o veterano Miguel Garofalo, a batalha durou 12 horas e naquela manhã passou mais de 1000 aviões por cima do campo de batalha. Uma das estratégias usadas foi a 10ª Divisão da Montanha conquistar os montes vizinhos para auxiliar a FEB em Monte Castello. Mas depois de chegarem ao pico da última montanha e ainda estarem em combate com alemães, o grupo de estadunidenses liderados pelo General Mark Wayne Clark, recebeu a informação de após impedir a visão das trincheiras e casamatas com fumaça produzida da queima de latões de lixo,  os pracinhas atacaram e renderam generais e soldados alemães conquistando Monte Castello. Os soldados estadunidenses só conseguiram render os alemães de noite com ajuda de alguns brasileiros.

            Grande parte da conquista foi creditada à Artilharia Divisionária comandada pelo General Osvaldo Cordeiro de Farias (site da veja.abril.com.br). A Força Expedicionária Brasileira sofreu cerca de 450, causando mais de 1500 baixas no 232ª Divisão alemã.

            A FEB depois de tombar Monte Castello, romper a linha gótica e permitir uma ofensiva dos Aliados para a Alemanha e Bologna, partiu para uma cidade chamada La Serra onde atravessaram um extenso campo minado e derrotaram uma pesada infantaria alemã, sob a liderança do Tenente Apollo Miguel Rezk cujo estava machucado e não desistiu em nenhum momento de seguir com sua tropa (site da Associação dos Oficiais de Reserva do Exército do Rio de Janeiro, aore.org.br).

            O município em agradecimento aos pracinhas construiu no monte um monumento chamado ai Caduti Brasiliani(em português, aos Brasileiros Mortos).